Indústrias de alimentos
A situação atual afetou mais de 95% dos principais agentes econômicos atuantes na região, incluindo as empresas fornecedoras de alimentos, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Além disso, o quantitativo disposto no Econodata evidencia o número de 181.979 empresas de alimentos atuantes no RS, as quais tiveram, em sua maioria, suas atividades suspensas. A inundação destruiu plantações, causou a morte de animais e a perda de estoques de alimentos perecíveis. Além disso, alimentos foram contaminados por substâncias presentes na água das enchentes, tornando-os impróprios para consumo, já que não há distinção entre água de esgoto, aquíferos ou propriamente das chuvas.
Algumas empresas multinacionais, como o Zaffari, uma das maiores redes de supermercados do estado, seguem trabalhando com uma produção e quadro de funcionários reduzidos. A empresa declarou ao portal EXAME que a demanda por produtos está sendo gigantesca, levando à escassez de itens como arroz, massa, ovos e água potável. Isso foi agravado pela interrupção de reposição de estoque devido a problemas logísticos e à elevada demanda dos consumidores. No entanto, a empresa enfatizou ainda que a maioria desses produtos possui itens substitutos semelhantes disponíveis nas próprias lojas.
Alimentos provenientes do Rio Grande do Sul
O estado é o principal produtor de arroz do Brasil, com capacidade de produção de 70%, além de outras culturas como milho, soja e trigo, que são essenciais para a economia regional e por fornecerem para diversos comércios brasileiros. Existem muitas especulações sobre como as chuvas poderão afetar o fornecimento e os preços dos alimentos nos próximos dias no Brasil. Alguns estados brasileiros, como Minas Gerais, estão acondicionando os produtos alimentícios provenientes do Rio Grande do Sul em prateleiras destacadas das demais, com o objetivo de ajudar na recuperação da economia local.

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Escassez de Água Potável
Segundo a Defesa Civil, uma das maiores dificuldades encontradas ainda está no abastecimento de água para consumo, frequentemente doada por estados de todo o Brasil. O alagamento comprometeu o sistema de fornecimento de água pública, impossibilitando as pessoas que permaneceram em suas residências de preparar refeições, tomar banho ou atender outras necessidades básicas. A água pode estar contaminada por microrganismos patogênicos, substâncias tóxicas, produtos químicos, entre outros, tornando-a imprópria para uso. Segundo a Defesa Civil do estado, até esta segunda-feira (20), foram arrecadados cerca de R$ 107.878.284,56 via pix (CNPJ 92.958.800/0001-38) destinados para apoio humanitário das famílias que não fazem parte do programa governamental Volta por Cima (beneficia 40 mil novas famílias com o valor de R$ 2,5 mil), priorizando as famílias das áreas mais afetadas que começaram a receber o valor de R$ 2 mil a partir da última sexta-feira (17).

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